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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Manejo do seu Coleiro.


Vale a pena começar o texto do manejo destacando que o que serve para um coleiro pode não servir para outro. As aves são diferentes. Estas orientações são extraídas de sites, livros e experiências de criadores e apreciadores da ave.

Sobre as Gaiolas:

A questão das gaiolas é eterna: madeira ou metal? Objetivamente, vamos levantar as considerações sobre este dilema.

Gaiolas de Madeira: São mais parecidas com o que o coleiro iria encontrar na natureza. Ela é mais quentinha no inverno e seus poleiros também são parecidos com os galhos das árvores. Há quem também prefira a estética das gaiolas de madeira (há modelos lindos, de mais de R$ 500,00). Sua limpeza é mais complicada, pois há pequenas frestras entre as partes da gaiola, onde podem se instalar pequenos parasitas como os piolhos. Também a madeira tem uma porosidade natural, onde podem se instalar fungos e bactérias.

Gaiolas de Metal: São mais fáceis de limpar; suas partes podem ser colocadas em cândida ou banho de desinfetante de tempos em tempos, para completa higienzação. Há poucas frestras o que facilita o controle de eventuais insetos e parasitas. Elas são mais frias no inverno, e são diferentes daquilo que o coleiro encontraria normalmente na natureza. Para a criação, sugere-se mesmo os gaiolões de metal. Pois são mais fáceis de limpar (e a higiene é fundamental para o sucesso em tirar filhotes).

Sobre a Alimentação:

Como a maioria dos pássaros, o coleiro deve ter o Alpiste como base de sua alimentação. Deve-se também oferecer outras sementes ao passarinho; mas a base é o alpiste. Uma sugestão de mistura é de que haja 50% de Alpiste, 30% de Painço, 10% de Níger e 10% de Senha.

Pode-se oferecer também algumas frutas, legumes e verduras. Sugere-se a laranja, o mamão, o pepino, o milho verde, a chicória, o almeirão e a couve. As farinhadas industrializadas (de qualidade) também devem ser dadas aos nossos pequenos amigos.

Sugere-se complementar a alimentação do coleiro com larvas de tenébrio ou de "praga da granja", que é uma espécie menor de tenébrio. Vale lembrar que há coleiros que não aceitam alimento vivo. Mas estas larvas são fundamentais para quem quer fazer criação, pois a fêmea vai precisar muito deste alimento para tratar dos filhotes.

É sempre bom oferecer areia esterilizada ao coleiro. É um produto facilmente encontrado em lojas e sites especializados. A areia ajuda na digestão dos pássaros. Os pássaros não têm dentes, as sementes descem inteiras ao seu aparelho digestivo. Quando eles comem areia, ela entra no aparelho digestivo e fica sendo friccionada contra as sementes, ajudando a triturá-las. Por isso vemos constantemente os pássaros da rua "ciscando" no chão, pegando pequenos grãozinhos de areia. Recomenda-se, também, o chamado "osso de baleia", que é uma pedra para o coleiro cutucar com o bico e que vai atender às suas necessidades de cálcio.

Por último, é bom administrar complexos vitamínicos para serem usados na água, principalmente na época da muda de penas, em que o coleiro está debilitado. Uma sugestão é o Vitagold; 2 gotas no bebedouro de 50ml. Quando o coleiro não está na muda pode-se oferecer estes complexos na água somente uma vez por semana.

Sobre Onde Deixá-lo:

Os coleiros gostam de ser manuseados. Quanto mais vezes se mexer na gaiola, mais feliz ele vai ficar. Vale lembrar que, mesmo o coleiro gostando de ser movimentado, é necessário que os gestos do tratador sejam sempre delicados e tranqüilos. Nada de movimentos bruscos próximos à gaiola. Isso pode assustar qualquer ave.

O coleiro gosta de trocar de "prego", portanto, se o criador tiver condição, deve ter vários lugares na casa onde ele possa pendurar o seu coleiro. Quanto maior a diversidade de locais mais acostumado o coleiro vai ficar.

Também é possível notar que os pássaros adoram barulho de água corrente. Basta ligar uma torneira ou o chuveiro que o coleiro já se empolga a cantar. Mas cuidado: deixar o coleiro em lugares com muito barulho podem deixá-lo estressado. Tudo deve ser feito com equilíbrio.

Cuidados Gerais :

Há alguns cuidados gerais que devem ser atendidos para que o sucesso seja completo. São eles:

- Não utilizar jornal no fundo da gaiola, pois o jornal é um papel que possui elementos tóxicos. O coleiro não vai morrer por causa disto, mas queremos sempre o melhor para os nossos passarinhos.

- Trocar a água todos os dias. Mesmo quando ela parece estar limpa, é necessário trocá-la, pois evitamos assim de que nosso coleirinho pegue uma doença por algum fungo ou bactéria por bebedouros sujos ou mal lavados.

- Trocar as sementes constantemente, de maneira que elas não fiquem muito tempo no comedouro. Elas podem juntar fungos e ácaros. A melhor alternativa é colocar porções pequenas de maneira a trocá-las todos os dias. Quem tem poucas aves pode trocar as sementes diariamente. Quem tem muitas aves vai encontrar mais dificuldades em fazer a troca diária.

- Nunca deixe alimentos perecíveis passar de um dia para o outro na gaiola. Estes alimentos estragam e podem ser prejudiciais ao coleiro. Sempre que for oferecer frutas e verduras, ofereça pela manhã e já retire ao fim do dia, pois estes alimentos se estragam com muita facilidade.

- Procure estar atento aos poleiros. É muito comum que os pássaros esfreguem bico e olhos nos poleiros, então, os poleiros devem estar sempre higienizados, de maneira que não prejudiquem a saúde da ave. Também é comum ver o coleiro levando alimentos para os poleiros (principalmente pedaços de folhas e frutas). Se estes estiverem sujos, há chances de o coleiro se contaminar com as próprias fezes.

- Coloque, de vez em quando, uma banheirinha com água, para o coleiro se banhar. Todo pássaro gosta de tomar banho. Mesmo no frio, eles precisam da água para o banho (e fique tranquilo, pois o pássaro sabe quando ele pode tomar banho e quando ele não pode). MAS ATENÇÃO: Só coloque a banheira depois que o coleiro for adulto, pois os filhotes são sensíveis e ainda não tem discernimento de saber os dias em que dá pra tomar banho e os dias em que está muito frio. Também não se esqueça de tirar a banheira depois que ele usá-la; pois há o risco de ele beber a água da banheira (que às vezes fica muito suja, até com as próprias fezes do animal).



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